02 março 2007

Vida útil para quem?

Enquanto o governo do Espírito Santo S/A comemora a volta do Brasil colônia com a da cana-de-açúcar no Norte capixaba, o clima nacional é de preocupação com esta fonte de combustível. Bush quer ver o circo, ou melhor, a palha pegar fogo.

(...)Pauta de encontro de Lula e Bush, etanol é assunto delicado para o Brasil
Nova “bandeira do bem” de Bush para a América Latina, o etanol, uma das armas contra o aquecimento global, será tema do encontro entre os presidentes Lula e Bush este mês. O que para os EUA deve ser um instrumento de recuperação de espaço político na AL, para o povo brasileiro pode ser um mau negócio(...)
(...)“A vida útil dos escravos no Brasil era de aproximadamente 10 anos. A do cortador de cana hoje é de 15. O mesmo bóia fria que, nos anos 1970, cortava até 10 toneladas de cana por dia, hoje corta até 20, já que tem que competir com a mecanização. Além disso, a atividade canavieira ainda pratica o pagamento por produtividade, o que não ocorre em qualquer outro lugar”, afirma o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, José Maria Ferraz.(...)
(...)No Nordeste, outro importante centro canavieiro no país, dados oficiais demonstram que, nas regiões ocupadas pela atividade, o Índice de Desenvolvimento humano (IDH, que mede a esperança de vida ao nascer, o nível educacional e a renda per capita de um país ou região) é um dos mais baixos do país – média de 0,500 nos pólos canavieiros de Pernambuco e Alagoas. A região canavieira de Alagoas, aliás, tem seis dos municípios mais pobres do Brasil (São José de Taper, por exemplo, chegou ao IDH de 0,265. O IDH médio do Brasil é 0,757).Por outro lado, maior produtor de cana do país e um dos municípios mais ricos do interior de São Paulo, Ribeirão Preto tem hoje 20 favelas e uma das mais altas concentrações de renda do Brasil, aponta Kelly Naforte, membro da coordenação estadual do MST. É nesta região que o Ministério Público investigou a morte por exaustão de pelo menos 15 trabalhadores no corte de cana entre 2003 e 2005, um fato que ganhou as manchetes dos principais meios de comunicação mas não seria novidade nem exclusividade de São Paulo, como afirma o engenheiro do departamento de controle ambiental do Ministério da Ciência e Tecnologia, Plínio Moreira. “Mortes por exaustão ocorrem muito e em todo o país. O problema é que em regiões ou usinas mais afastadas elas não são denunciadas”.(...)
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