16 junho 2008

Um panorama da literatura angolana

Ondjaki15/1/2007
O jovem escritor africano de língua portuguesa fala de seu livro "Bom dia, camaradas" e da produção cultural de uma Angola que se reconstrói após uma dura guerra civil.

Manuel da Costa Pinto: Eu queria aproveitar, você falou na questão lingüística, eu quero fazer uma pergunta: o Brasil é um país que teve uma conformação cultural e miscigenada há muito mais tempo que Angola. Recentemente, eu li um estudo de um historiador brasileiro, chamado Luiz Felipe de Alencastro, e ele fala que os países africanos de língua portuguesa rapidamente se “reafricanizaram” depois da independência, que está fazendo cerca de 30 anos... Quer dizer, isso acontece em Angola? Quer dizer, como é que fica a questão da identidade linguística-cultural, ela ainda está... Existe uma identificação com a cultura européia e com a língua portuguesa ou, muito mais do que no Brasil, a presença das línguas e dos dialetos africanos, diferente das línguas. Na verdade, dialeto se diz sempre é a língua do perdedor. Então, falar em dialeto é um preconceito lingüístico. São línguas. Quer dizer, esse contato com as outras línguas africanas é evidente hoje, no presente?

Ondjaki: É muito delicado falar do processo de “reafricanização”, eu não sei o que é a “reafricanização”.
(veja íntegra da entrevista clicando no título)

Um comentário:

Veninadeogum@gmail.com disse...

Não sou antropologo,sou um praticante da religião de matriz africana, fieque intrigada com maiseste conceito que dialeto é lingua ou seila o qué inferior, oxentê que que é isso? Somos inferiores até na linguagem dos orixas?