04 fevereiro 2009

Austrália

No filme Austrália, o colonialismo e o racismo vitoriano britânico são retratados de maneira superficial, romântica e ao mesmo tempo contraditória. O filme é monótono com várias seções em que se anuncia um fim, com por do sol e musiquinha, mas que é na verdade um novo capítulo da saga de uma viúva e um capataz.
A platéia riu muito das aparições misteriosas de um Xamã aborígene que cantava para o vento, os caminhos e para seu neto mestiço. Uma pena as risadas para um drama racista que apenas em 1973 foi abolida e em 2003 foi assumida como equívoco pelo governo britânico.
em outro filme "Geração roubada" (http://www.duplipensar.net/artigos/2007s1/resenha-do-filme-geracao-roubada-aborigines-estado-australiano.html) a sitação de genocídio por que passaram os filhos nascidos de casamentos mistos é mais convincente. Arrancados de suas mães para "não contaminarem" gerações futuras com seu "sangue impuro" e entregues aos missionários cristãos, esta geração "café com leite" é retratda no filme como sem identidade até que o garoto volta para seu avô nas savanas da região.
Enquanto isso todas as mortes trágicas são protagonizadas pelos vilões brancos e pelos heróis aborígenes que entregam sua vida para salvar o casal perfeito do filme. O filme tem cerca de duas horas que perecem cinco. No final a gente desconfia que vai acabar.

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