05 dezembro 2007

Melhores do ano no futebol: sobrou troféu e racismo


Premiação da CBF vira lugar de racismo: ninguém riu...


No Filme de Spike Lee, "A hora do Show", o polêmico diretor coloca em cena as imagens e o imaginário americano sobre os negros: Lábios enormes, tranças desconcertadas, vestidos caipiras e negros bêbados servindo de capacho aos risos, são elementos recorrentes nas cenas do cinema americano.

A versão brasileira não ficaou atrás com as celebres interpretações de mussum agarrado ao litro de "mé", boçal escorregando pela regra e se dando mal em tudo.

Outro capítulo escrito pela não racista Glogo, segundo o Ali Kamel, foi a edição da premiação do campeonato brasileiros. melhor goleiro, atacante, ponta esquerda e por aí vai. Sem graça, a festa reuniu os melhores em tornar o futebol um negócio bem lucrativo e exportador de craques.

Mas, na minha opinião, o melhor da festa foi a exposição absurda de duas "performances" do ator Luis Miranda. No primeiro, um negro malandro, bébado, lança desafios ao público e no segundo uma "negra Fulô", apresenta seu sotaque caipira. Ambos personagens não arrancaram risos de ninguém e o Ministro Gil deve ter se contorcido na cadeira: festa de "branco" é isso mesmo.

Meu amigo maurão ameniza dizendo que antigamente os negros, bêbado e malandros, vestiam a camisa do flamengo. Pelo menos desta vez, isso foi poupado.
Fiquei com vergonha e raiva da situação: liberdade de imprensa é uma coisa, impunidade é outra.

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